PERNAS, PARA QUE TE QUERO?
Quarenta páginas de pura arte. Tamanho 21 x 28 cm. Reprodução primorosa de 17 bordados feitos à mão pelas integrantes do grupo Ciranda Bordadeira.  
O projeto visa estimular um debate sobre o cenário social da atualidade. As ilustrações foram concebidas tanto para expor sentimentos e brincadeiras como para dar voz às minorias e destacar a necessidade de mudanças, na direção de uma sociedade mais igualitária.  
Valor Unitário:   R$ 45,00




Pernas, para que te quero?
As linhas do bordado contemporâneo

Este projeto do grupo Ciranda Bordadeira tem como mote um dito popular que se refere, em primeira instância, à necessidade de escapar de um perigo real ou, simplesmente, de uma situação constrangedora.
Nós, contudo, optamos por utilizar a expressão no sentido de mola propulsora, imaginando contextos sobre suas possíveis aplicações no cotidiano e instigando reflexões. Nesse trabalho, as pernas têm sempre sentido metafórico e são um instrumento para escapulir de obviedades e suscitar o desconforto gerador de mudanças.
Essa, diga-se de passagem, é a linha norteadora de nossas propostas, o fio que nos mobiliza a garimpar temas envolventes. Procuramos conteúdos capazes de provocar, no público e nas próprias participantes do grupo, tanto o impulso criativo como o desejo de ampliar horizontes, demolir muros, extrapolar barreiras, questionar preconceitos.
O artista gráfico Marco Antonio Godoy concebeu as ilustrações que sintetizam as ideias originais, como o exercício da tolerância, o respeito à diversidade, a ruptura de posturas enrijecidas e até a solicitude em relação às pessoas em situação de risco. Desse último grupo, fazem parte, por exemplo, um número crescente de jovens com depressão e indigentes que perambulam pelo espaço público sem guarida nem atenção efetiva das autoridades.
Que nossos bordados façam alguma diferença! Eles são nossa homenagem a quem está empenhado em salvaguardar a ética, valor essencial que deveria reger a conduta humana. Representam nossa vontade de que os jovens vislumbrem perspectivas e possam entrever um mundo menos hostil. Tomara o livro incite um toque na pele que nenhum contato virtual substitui. Ele vai cumprir sua missão se lembrar ao leitor que o ensimesmamento é estéril e o engajamento, produtivo. E será um êxito se estimular debates acerca da necessidade de termos mais instituições cujo objetivo é a capacitação e a autonomia de portadores de deficiência - para que eles não dependam nunca mais da visão assistencialista, redutora do potencial criativo inerente ao ser humano.
Com estas páginas, repletas de nossos anseios e fantasias, nós, bordadeiras, esperamos sobretudo aguçar a imaginação do leitor e incentivá-lo a sempre caminhar, sem comodismo, rumo a seus sonhos!

Jaci Ferreira
Coordenadora Grupo Ciranda Bordadeira


outubro/2018




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